24 de fevereiro de 2006

escoras de madeira

sim, enormes pedaços de tronco entre dois edificios; nada de ferro, mesmo aqui ao lado.

mais Connecticut

o Estado dos ricos, em que tudo parece vir do tempo dos colonos, incluindo as caixas de correio em lata. So' as alpacas dos andes contrastam com a paisagem natural (v. dois posts abaixo) e criam um ambiente de Terra Perdida Ideal.

23 de fevereiro de 2006

maravilhas do meatpacking

O bigode do poder. Antes que o cartaz/autocolante/street art se desfaça com a chuva...

22 de fevereiro de 2006

alpacas no connecticut

21 de fevereiro de 2006

a minha casa

do outro lado do rio (a foto e' da menina Ina.) E' o terceiro a contar da direita: a torre da Riverside Church, depois o mausole'u do general Grant, depois os dois predios da casa internacional.

17 de fevereiro de 2006

hei!

alguem disse tudo, aqui! nem e' preciso ler mais blogs. A sintese perfeita.

16 de fevereiro de 2006

bem

sem saber muito bem porque, esta menina linkou-me. aqui fica o obrigado.

caro BGL

comentando rapidamente, antes de sair do escritorio, o teu post:
Atribuis ao Estado parte das culpas da nossa situaçao, quando dizes que permite que anualmente surjam um número exagerado de licenciados no mercado. Mas, pergunto eu, o que e' o Estado tem que meter o bedelho no numero de arquitectos? Esse e' precisamente o problema: o controlo central do ensino da arquitectura plea Ordem, e nao a sua liberalizaçao. Discordo completamente de que devia exigir o papel de coordenação global coerente da formação académica portuguesa em arquitectura com as instituições académicas e Ministério da Educação, relativamente às necessidades do mercado e empregabilidade. Mais uma vez, nao precisamos de nenhuma Ordem a controlar o ensino de acordo com as condiçoes de mercado: como se isso fosse possivel! E desejavel: coloca entraves a quem tem merito e nao precisa de se agarrar a uma especie de "clube de elite" para ter trabalho, que e' o que infelizmente se passa no nosso pai's.

acabou

o Semiramis. O que quer que se tenha passado, ou fosse quem fosse que escrevia, era um dos melhores e nao torna a escrever.

14 de fevereiro de 2006

links

mais uns quantos que me linkaram, e a quem ja' se deve um obrigado:
eli@NYC
a barriga de um arquitecto

riverside park

Domingo, nevao histo'rico por aqui.

a torre gotica mais alta do mundo


Riverside Church, construida em 1930.

13 de fevereiro de 2006

Sobre a Santa Bárbara

o espectro e' o meu novo top.

* * *

Enquanto espero pelas meias que secam na máquina, lembrei-me de escrever qualquer coisa sobre o nome aqui da folha. A Santa Bárbara foi torturada e degolada pelo pai (porquê não sei nem vou investir muito esforço na coisa), tal como contam os panos da Maria Barraca que é uma artista popular e pastora da Mizarela, Guarda. Foi aí que vivi até à Universidade (na Guarda, não na pequena aldeia da Mizarela) e cheguei a conhecer a pastora através dos meus pais e de amigos (esses sim, da Mizarela). Os panos são nada menos que uma espécie de bordados copiados muito livremente de um caderno que a pastora levava para o monte e que contava a vida da Santa. Quando era pequeno, os meus pais compraram e encaixilharam meia dúzia deles, e eu achava-os horríveis e não percebia nada do que lá estava escrito. Neste momento estão no Museu da Guarda (alguns - acho) e são absolutamente fantásticos, para quem gosta de arte popular como eu.
Mais tarde descobri que a Santa era a padroeira dos arquitectos, e mais tarde ainda, sem grande convicção (na época) entrei para a Faculdade de Arquitectura no Porto.
No meu quinto ano fui para Roma, e aí descobri o Largo dei Librai, com a igrejinha da Santa Bárbara dedicada, também, aos livreiros (ao que parece, os santos têm muitas obrigações). Nesse sítio cortejei abundantemente todas as raparigas que pude (ainda que com pouco sucesso), mais por mim do que por elas, pela ideia de que seduzir uma mulher naquele espaço mágico – uma praça formada dentro de um teatro romano, com um dos lados aberto para a confusão do Campo de’ Fiori, e o outro completamente ocupado pela fachada da igreja – era o triunfo total da beleza como modo de vida. Confesso que esta obsessão é um dos meus pecados, ainda que, espero eu, não demasiado. De qualquer maneira, a fachada, que se debruçava sobre a minúscula esplanada da gelataria (onde levava as moças a comer o iogurte gelado com fruta granizada) é a imagem do blog.
Em Outubro vim para Nova Iorque e não há nada que tenha a ver com a dita Santa que não seja a minha profissão, mas um dia hei-se ser rico e voltar a viver em Roma e na minha casa no Largo dei Librai hei-de ter os panos da Maria Barraca.

9 de fevereiro de 2006

tanta coisa

antes de mais, um abraço ao meu amigo Tiago Ramos, que hoje descobri que tinha um blog. Aqui esta', e tambem na lista ao lado. (meio croft).
E ja' agora, aproveito para comentar este post sobre a Ordem (o meu assunto preferido), ponto por ponto.

[ja' agora, deixem-se de colectivismos e assinem o que escrevem!!]

1.
"A criação desenfreada de Licenciaturas de Arquitectura pelas universidades privadas"

Numa sociedade dinamica, a proliferaçao de oferta so traz vantagens - nomeadamente, hipoteses de escolha. Em Portugal, os cursos privados de arquitectura so' servem para dar uma licenciatura a quem nao entra para a publica, porque ninguem quer pagar para ter qualidade nem 'as privadas passa pela cabeça que oferecer um serviço de qualidade pode ser uma mais valia que se faça pagar, e bem. Infelizmente, nao conheço excepçoes.

2.
"A "moda da arquitectura" que se abateu sobre o portugal (...)"

O mercado esta' saturado, e por isso mesmo, porque nao se aposta na qualidade, a logica do merceeiro vinga: pagar o menos possivel a estagiarios nao preparados e esperar que eles façam o trabalho todo. (tal como o merceeiro poe os filhos a trabalhar).

3. "
A mediatização da arquitectura"

Quanto mais pessoas forem expostas 'a arquitectura, mais vao querer projectos de arquitecto...

4. "A crise no sector da construção"

Nao conheço essa crise - alias, ate' se constroi demais e muito mal.


Tenho que dizer o seguinte: sou contra a Ordem dos Arquitectos e espero que nunca consiga ter o poder que pretende. Isso seria muito mau sinal, sinal de que o corporativismo (de esquerda ou direita, nao importa) tomou o poder e impediu definitivamente a abertura da nossa sociedade. A nossa economia fechada e subsidiada, sim, esta' em crise e e' precisamente isso que faz com que nao haja trabalho, arquitectos incluidos. Arquitectos especialmente, diria, porque a nossa e' uma profissao de luxo e quando nao ha' que comer, o luxo que se lixe.
A Ordem nao tem nada que se meter no mercado nem que regular as escolas. Esse e' o caminho do proteccionismo, da burocracia e da centralizaçao de poder. Um arquitecto que tire o curso pela FAUP, por exemplo, esta' sete anos, no minimo, para poder começar a exercer a profissao - e com uma licenciatura, ao passo que toda a gente aqui em NY tem um mestrado ao fim de 5 anos. Precisamos de trabalhar para recuperar este miseravel pai's, e continuam a por-nos mais entraves, como a ridicula prova de admissao. E por isso e' que organizaçoes como o OA so' atrapalham, porque esta' na sua natureza criar uma clientela propria e alimenta'-la (com os nossos impostos e as nossas quotas) e nao facilitar a vida ao recem-licenciado nem muito menos estimular a concorrencia. Ai, santa paciencia... o que vale e' estar longe de Portugal e nao ter que aturar, por enquanto, estas pepineiras.
Ja' agora, alguem sabe se se pode faltar 'as acçoes de formaçao?

a febre dos posts

aproveito a hora extra que tenho que trabalhar hoje (compensar a que perdi ontem devido ao cocktail do MOMA) para entrar numa orgia de posts e assim equilibrar a falta de participaçao dos ultimos tempos. So para dizer que por aqui o dryvit, menina dos olhos dos Faupistas de sacristia, e' visto como um material de segunda.
D. - [apontando para uma foto da Fundaçao Ibere Camargo, em construçao] A., que material e' que achas que vai ser quando acabar?
A. - Hum... betao 'a vista, ou entao um material que ele usa muito, o dryvit.
D. - OH NAO! Dryvit, que desilusao!... Pensei que ele usasse estuque verdadeiro!...

Na terra onde tudo e' industrial e pre-fabricado, tudo o que e' vagamente artesanal tem mais valor. E realmente, depois de ver os cantos partidos das janelas da faculade de arquitectura, nao os censuro. Alem disso, nao se pode consertar - tem que se substituir toda a parede de cada vez que abre um buraco. Pronto, la' temos as pontes termicas outra vez.

e pronto

para nao me chamarem mais neoclassico americano, como esta menina, inchem aqui com esta foto da loja do Carlos Miele, desenhada pelos senhores Asymptote, que me fartei de procurar em Agosto quando estive ca' de ferias e so' anteontem descobri que ficava mesmo atra's do escritorio! Na verdade a foto faz mais render o peixe do que a realidade, porque e' dificil unir aquelas curvas todas sem algumas costuras feias... mas tem os seus momentos.

8 de fevereiro de 2006

ha

ja' passei mais tempo a tentar mudar esta merda que a escrever posts. (escrever da' mais nas vistas no escritorio). Mas agora, love it or hate it, ja' esta' bem.


MOMA, ontem

Com a nata da nata da arquitectura espanhola, a comer tortilhas e beber vinho, e alguns herois que por la' apareceram, mas que nao consegui fotografar. Adoro openings, jantar 'a borla enquanto se admira o circo de aspirantes a estrelas sucking up os monstros sagrados.

7 de fevereiro de 2006

por qualquer razao

as cores ficaram horriveis. Vou ver.

6 de fevereiro de 2006

arrumar a casa

Novas cores, e ordem nos links. Foram decretados defuntos os seguintes:
os arquichatos
o whiskissos
o certas pequenas manias
os zes de furio camillo
e o antigo blog do chines.
In memoriam

E bemvindo o novo blog do chines.

Welcome Johnathan!

a ponta norte da ilha


ponte de ferro, antes de passar para o Bronx.

4 de fevereiro de 2006

e' fim de semana

e esta' calor e sol, 5 horas depois de Portugal.

3 de fevereiro de 2006

to go

vai-se ao starbucks e pede-se um cafe' para 20 pessoas. Leva-se um saco cheio de pacotinhos de açucar e leite, e um balde de cartao estilo vinho de mesa de pacote, ja' com pega incluida. Funciona mesmo assim, a vida de escritorio, e metade da cidade vive disso.

2 de fevereiro de 2006

meatpacking meathooks

Pois, ainda ha muita carne pelo meatpacking district. A maior parte dos habitantes, na verdade, e' constituida por modelos anorexicas e jovens gays artistas que gostam de pensar (e dizer) que vivem entre os machos rudes, estes que vivem de carregar e descarregar os enormes pedaços de bicho morto. E agora, com o filme dos cowboys gays em extase publicitario, isso e' mais apetec'ivel do que nunca...

e mais

aqui.

highline


a linha alta, usada para transportar mercadoria acima do nivel dos peoes, aqui no lower west side. Nao e' muito extensa e ainda bem, porque funciona como barreira entre a cidade e o rio. mas pode ser que depois de lhe mexerem a coisa mude. Entretanto e' uma bela ruina.